EBD – Lição 06: Lucas 9 e 10 – O Envio dos Setenta e o Bom Samaritano | 4° Trimestre de 2023 | PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2023 | TEMA: LUCAS – Evangelho do Filho do Homem | Escola Biblica Dominical | Lição 06: Lucas 9 e 10 – O Envio dos Setenta e o Bom Samaritano

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Lucas 9 e 10 há 62 e 42 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 10.25-4 (5 a 7 min.). A revista funciona com o guia d e estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Sabendo a extensão do campo missionário, Jesus enviou 70 discípulos. A parábola contada nesses capítulos fala de trabalhadores numa grande seara, o que nos sugere que a tarefa não é fácil, pois eles são poucos e atuam “no meio de lobos”. Cremos que o Espírito aviva ações práticas. Note que Jesus orienta os discípulos a deixar as cidades que recusassem recebê-los, mas Ele alerta que mensagem deve ser entregue (Lc 10.11). Professor, eis o argumento da aula: ninguém pode pregar uma mensagem diferente da que o Mestre ensinou e, do mesmo modo, a ninguém cabe o direito de silenciar. Porém, todos devemos viver o que ensinamos. Por isso a parábola do samaritano nos desafia a um amor sem restrições.

OBJETIVOS

Enfatizar a vocação missionária da igreja.
Compreender que o papel da igreja é pregar em qualquer contexto.
Defender e conservar a verdade evangélica

PARA COMEÇAR A AULA

Você pode convidar um dos participantes – alguém mais extrovertido – para representar uma passagem do evangelho através de mímica. Escolha uma parábola conhecida. A tarefa do escolhido é passar o ensinamento sem usar nenhuma palavra. Ao final, faça uma analogia com este tempo em que os valores bíblicos são cada vez mais recusados. Apesar da recusa, precisamos cumprir a missão de pregar pelo testemunho de vida, mesmo que tentem nos impedir de falar.

LEITURA ADICIONAL

Estas três cenas em Lucas 10 ilustram o ministério triplo de todo cristão e respondem à pergunta: “Qual é o papel do cristão?”. Em primeiro lugar, somos embaixadores do Senhor, enviados para representá-lo neste mundo (Lc 10:1-24). Também somos pessoas disponíveis em busca de oportunidades de demonstrar misericórdia para com nosso próximo em nome de Cristo (Lc 10:25-37). No entanto, o cerne de nosso ministério é a devoção a Cristo, de modo que devemos ser adoradores e dedicar tempo a ouvir sua Palavra e a ter comunhão com ele (Lc 10:38-42). Embaixadores: representantes do Senhor (Lc 10:1-24).

Este acontecimento não deve ser confundido com o envio dos doze apóstolos (Mt 10; Lc 9:1-11). As incumbências são semelhantes, o que é de se esperar, pois os dois grupos foram enviados pelo mesmo Mestre, com a mesma missão fundamental. Os doze apóstolos ministraram por toda a Galileia, mas esses homens foram à Judeia e não são chamados de apóstolos. São discípulos anônimos. Também foi um chamado difícil (Lc 10:2).

Mesmo quando há muita gente para ajudar, a ceifa é um trabalho árduo; esses homens, porém, foram enviados a um campo enorme, com poucos trabalhadores para ajudá-los a realizar a grande colheita. Em vez de orar pedindo um trabalho mais fácil, deveriam orar pedindo mais trabalhadores para ajudá-los, uma oração que também devemos fazer.
Livro: Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume I (Warren W. Wiersbe. Santo André, SP: Geográfica editora, 2006. Pág. 272).

Texto Áureo

“A isto ele respondeu : Amarás o Senhor, teu Deus, de todo teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10.27

Leitura Bíblica Para Estudo

Lucas 10.25-4

Verdade Prática

O amor a Deus e ao próximo, recomendado por Jesus, só se torna realidade através da evangelização e discipulado que fazem os pelo exemplo de vida complementado com palavras.

INTRODUÇÃO
I- DA GALILEIA PARA JERUSALÉM Lc 9.1 – 10.2
1
– Últimos feitos na Galiléia Lc 9.51
2– A grande comissão Lc 10.1
3– Trabalhadores da seara Lc 10.2
II- JESUS ENVIA OS SETENTA Lc 10.1-24
1
– Urgência e dificuldades da missão Lc 10.3
2– A autoridade e atitude dos enviados Lc 10.16
3– Missão cumprida com alegria Lc 10.17
III- O BOM SAMARITANO E VISITA A MARTA E MARIA Lc 10.25-42
1
– Quem é o meu próximo? Lc 10.29
2– O bom samaritano Lc 10.34
3– A escolha de Maria e a de Maria Lc 10.42
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Lc 9.17
Terça – Lc 9.20
Quarta – Lc 9.35
Quinta – Lc 9.48
Sexta – Lc 9.50
Sábado – Lc 9.56
Hinos da Harpa: 220 – 434

INTRODUÇÃO

Nos capítulos 9 e 10 de Lucas, Jesus envia Seus discípulos com poder e autoridade para expulsar demônios, curar os enfermos e anunciar o Reino de Deus. Isso marca o fim de seu ministério na Galileia e o início de Sua peregrinação a Jerusalém, passando por Samaria e sendo rejeitado, mas ilustrando seus ensinos com a conhecida história do bom samaritano. São assuntos exclusivos narrados por Lucas, os quais destacamos no nosso estudo de hoje: Jesus é rejeitado pelos samaritanos (9.51- 56); o envio dos setenta (10.1-12); retorno alegre dos setenta (10.17- 2); o bom samaritano (10.29-37); visita a Marta e Maria (10.38-42).

I- DA GALILEIA PARA JERUSALÉM (Lc 9.1-10.2 )

1- Últimos feitos na Galiléia (Lc 9.51) E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém.

Antes de Jesus partir para Jerusalém, Ele enviou uma grande comissão para anunciar o Evangelho. No início do capítulo 9, Ele envia os doze (termo utilizado por Lucas para se referir aos discípulos mais próximos de Jesus). O motivo primordial desse envio foi a grande miséria do povo, completamente abandonado por seus mestres e líderes (cf. Mt 9.35-38). Os enviados percorreram a terra de aldeia em aldeia pregando o evangelho e curando enfermos em todos os lugares (v. 6).

Após o retomo dos doze, Jesus realiza seus últimos feitos na região da Galileia: multiplicação de pães e peixes (v.v 10-17); transfiguração (w. 28-36); cura de um jovem lunático (w. 37-43); questionamento aos doze (w. 18-20); e o anúncio de Sua morte e ressurreição ao terceiro dia (v. 22). Entre outros acontecimentos, estes foram os episódios que marcaram o término do seu ministério nessa região. Assim, completados os dias para que Jesus fosse elevado aos céus, Ele decidiu partir rumo a Jerusalém (v. 51).

2- A grande comissão (Lc 10.1) Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir.

Além de o caminho até Jerusalém ser longo, a missão de Jesus era grande, por isso foi necessária uma estratégia para alcançar o objetivo com excelência Pensando nisso, Jesus chama um grande grupo de discípulos, um total de setenta (alguns textos dizem 72, e as evidências em favor de um ou de outro número são igualmente válidas) com o fito de executar tal missão. Esse acontecimento é narrado apenas pelo evangelista Lucas e é razoável o Espírito Santo tê-lo orientado a incluir esse episódio, pois, assim eximo os doze apóstolos eram associados aos doze filhos de Jacó e às doze tribos de Israel, os setenta podem ser relacionados às setenta nações relacionadas em Gênesis 10. A ênfase de Lucas é sobre o caráter abrangente da mensagem do Evangelho e foi uma forma simbólica de dizer: “Jesus deseja que a mensagem seja proclamada a todas as nações”.

3- Trabalhadores da seara (Lc 10.2) E lhes fez a seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.

Sem dúvida, aquele foi um chamado extremamente honroso e muito difícil, pois a extensão do campo no qual deviam semear o Reino desafiava os limites dos seus esforços. jesus os advertiu informando que “a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”, por isso, em vez de orar pedindo um trabalho mais leve, deve-se orar pedindo mais trabalhadores. Vale ressaltar que o texto fala de trabalhadores que devem orar para que outros mais sejam enviados; Jesus não fala de espectadores que se limitam a pedir que outros sejam enviados a fazer o que eles mesmos não querem assumir. Nota-se que essas instruções só são repassadas aos discípulos selecionados para a missão, pois no final do capítulo 9 houve uma seletiva que reprovou muitos inaptos. Devemos, portanto, estar preparados e aptos ao serviço do Reino.

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II- JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-24)

1- Urgência e dificuldades da missão (Lc 10.3) Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.

Jesus informa que eles não vão para uma tarefa fácil. Ser cordeiro entre lobos não é uma situação desejável, pois a imagem representa grande risco para os enviados. Portanto, nenhum obreiro deve esperar facilidades. Veja que os lobos possuem dentes afiados e garras mortais, entretanto os discípulos não estão sendo lançados “aos lobos”, mas para “o meio dos lobos”. Por isso, fica evidente que o chamado de Jesus não é para os covardes, pois é impossível ser um discípulo sem enfrentar a hostilidade do mundo e a fúria de Satanás.

Dentre as instruções, Jesus também fala para não levarem bagagem. Fica evidente, portanto, que eles devem ir como estão. O Mestre também diz que a saudação não deveria ser dada a ninguém, pois Sua ordenança é urgente e não havia tempo para as demoradas saudações da época.

Em virtude da urgência do chamado e do pouco tempo para realizá-lo, a proibição aplicada às bagagens também pode estar relacionada à necessidade de facilitar a locomoção para garantir maior agilidade aos discípulos, tendo em vista o curto tempo para executarem a missão, além de manifestarem a confiança na provisão de Deus referente às suas necessidades básicas.

2- A autoridade e atitude dos enviados (Lc 10.16) Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, m e rejeitar rejeita aquele que m e enviou.

Sem recursos próprios para se manterem na viagem e depositando toda sua confiança em Deus, os discípulos precisam de estada Jesus instrui sobre o comportamento necessário nessas circunstâncias. Sobre a missão nas casas, eles deveriam cumprimentar os moradores com uma saudação de paz, prática muito importante no protocolo social judaico, pois ela pretendia comunicar bênçãos.

Além disso, os discípulos são enviados numa missão, com uma mensagem da parte do Príncipe da Paz (w. 5-6). Jesus deixa claro que a paz nunca faltará, ou seja, muitas vezes nos faltam recursos, mas a paz sempre estará conosco. Sobre a missão nas cidades, Hernandes Dias Lopes destaca três verdades:

1) o anúncio da chegada do Reino de Deus, com ênfase no pouco tempo para os que o buscavam (v. 8-9);
2) a rejeição do Evangelho e suas consequências (Lc 10.12-15);
3) a declaração de que Jesus era a única fonte da autoridade que exerciam.

Portanto, rejeitar o obreiro é rejeitar aquele que o enviou, e rejeitar a Jesus é rejeitar ao próprio Pai, que, por amor, o enviou ao mundo.

3- Missão cumprida com alegria (Lc 10.17) Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!

Os discípulos estavam maravilhados com a eficácia imediata do nome de Jesus para expulsar os demônios, afinal receberam do Senhor poder e autoridade. A esse respeito, Moody disse: “poder é a capacidade inerente; autoridade o direito de exercitá-la Logo, os discípulos receberam de Jesus a capacidade e o direito de exercitar tais feitos, dos quais ficaram maravilhados”. Antes de Jesus expressar sua aprovação, Ele os adverte acerca de sentimentos que poderiam ocasionar a queda deles: soberba e orgulho (Pv 16.18).

Para ilustrar o perigo desse sentimento, o Senhor revela que viu Satanás cair do céu como um relâmpago por causa da soberba; Jesus os advertiu para não se alegrarem apenas com suas vitórias, mas principalmente por terem seus nomes arrolados no céu. Esse verbo significa que ‘foram arrolados e continuam arrolados”, ou seja, trata-se de uma garantia de pertencimento permanente e vigilante a uma cidadania eterna no Reino de Deus (Fl 3.20). ]

Jesus se mostra feliz porque a compreensão do Evangelho não depende de capacidades naturais ou níveis de instrução. Se esse fosse o caso, a maioria das pessoas do mundo ficaria de fora do Reino de Deus, e a vontade do Pai é que todos sejam salvos. Por isso, Jesus exclamou: “Graças te dou, ó Pai, porque ocultastes estas coisas aos sábios e instruídos.

III- O BOM SAMARITANO E VISITA A MARTA E MARIA (Lc 10.25-42)

1- Quem é o meu próximo? (Lc 10.29) Ele, porém , querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?

Um intérprete da lei tenta surpreender Jesus com uma pergunta a respeito da vida eterna, tema recorrente nos debates religiosos da época Porém, ele pergunta de forma maliciosa (v. 25), e acaba sendo surpreendido pela resposta de Jesus, que não traz nenhum outro ensinamento novo, mas a reafirmação da Torá no que diz respeito ao amor a Deus e ao próximo (w. 27-28). O intérprete esperava uma resposta teológica e filosófica, mas Jesus, de forma simples e prática, responde a pergunta que, por sua vez, requer atenção e ainda merece ser objeto de reflexão em nossos dias. De que maneira nossos pecados serão perdoados? Como compareceremos diante de Deus?

Como escaparemos da condenação do inferno? O que nos poderá livrar da ira futura? Como posso ser salvo? Jesus responde ao homem de modo sábio e segundo o espírito da Lei e dos Profetas. Posteriormente, Ele responderá, morrendo na cruz, que a vida eterna não é conquistada, mas resultado do amor gratuito de Deus. Para exemplificar o assunto, passa a contar a história do samaritano.

2- O bom samaritano (Lc 10.34) E, chegando-se, pensou-lhe o s ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.

Lembremos que uma aldeia inteira dos samaritanos foi hostil e não hospedou Jesus quando de Sua viagem para Jerusalém, o que levou os discípulos a proporem que viesse fogo do céu e destruísse a todos (Lc 9.54-56). Jesus não só repreendeu Tiago e João, como não desistiu de cumprir Sua missão com os samaritanos, valorizando-os ao contar a linda história do bom samaritano, que Lucas registra com exclusividade. Embora não citada por Lucas, é impossível não lembrar da mulher samaritana (Jo 4.1-29).

Esta parábola narrada por Jesus não visa afirmar que o samaritano pudesse alcançar a salvação através de sua orientação amorosa e de sua bondade. Aqui está em discussão tão somente a segunda pergunta que o professor da lei havia feito. Era a pergunta: “Quem é o meu próximo?” Jesus mostra ao mestre da lei que uma pessoa sincera soluciona essa questão, descrita por ele como tão complexa.

O samaritano tinha por conta própria a sabedoria que os rabinos não haviam encontrado, que eles haviam perdido em suas análises teológicas, pois não entendiam que enquanto o coração sem amor pergunta “quem é o meu próximo?”, o coração amoroso age moído por outra questão: “de quem posso ser o próximo?”.

3- A escolha de Marta e a de Maria (Lc 10.42) Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não será tirada.

Jesus hospedou-se na casa de Marta e Maria. O evangelista Lucas, menciona Maria aos pés de Jesus ouvindo seus ensinamentos, o que deixou Marta inquieta, pois ela estava ocupada [gr. periespato: distraída; sobrecarregada], preparando um banquete para Jesus, enquanto sua irmã continuava sentada. A inquietação foi tão grande a ponto de Marta interromper Jesus e questioná-lo pelo fato de não mandar Maria ir ajudá-la. Jesus, porém, de forma mansa e amável responde: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas”.

Ele destaca que ela está sobrecarregada e não precisava de muita coisa para oferecer conforto a Jesus naquela ocasião. Ele deixa claro que preferia a sua companhia ao invés de um grande banquete, afinal Jesus está próximo do término de seu ministério terreno e gostaria de aproveitar esse momento de comunhão, ensino e bênçãos ao máximo, e diz que Maria escolheu a boa parte (v. 42] ao decidir ouvir Seus ensinamentos.

APLICAÇÃO PESSOAL

O exemplo deixado por Jesus nos impulsiona a cumprir nossa missão de compartilhar o Evangelho com palavras e com atitudes sem desistir, mesmo diante dos que nos rejeitam.

RESPONDA

1) O que fez Jesus antes de partir para Jerusalém? R. Enviou uma grande comissão para anunciar o Evangelho .
2) Porque Cristo ordenou aos discípulos que não levassem bagagem para a viagem missionária? R. Para facilitar a locomoção.
3) Quais foram as escolhas de Marta e Maria ante a presença de Jesus ? R. Maria escolheu ouvir os ensinamentos de Cristo e Marta os afazeres domésticos.

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